Tudo parecia misteriosamente excessivo naquele final de tarde. O sol morrendo por detrás das matas enchia as águas do Guamá de sangue, e eu observava com os olhos perdidos em algum ponto no passado aquela fatal e irrefutável imagem. A brisa amiga lambia minha face rígida. Esvaziava - solitário - uma garrafa de cachaça.
Meus negros olhos denunciavam uma tristeza infinita e de todo o meu corpo exalava a irrefutável pergunta:
"Regiane estaria aonde? Ela ainda pensava em mim?"
Regiane estava distante. Em outro Estado. Casada e com um filho. Estava satisfeita e feliz. Eu era apenas uma vaga lembrança desprovida de contorno e profundidade.
A lua atuava linda e plena no céu belenense e do Guamá a brisa ainda soprava: morna e amiga. Levei até a boca o último trago. Levantei-me e sair: ereto, com os olhos fixos num horizonte imaginável.
A lua atuava linda e plena no céu belenense e do Guamá a brisa ainda soprava: morna e amiga. Levei até a boca o último trago. Levantei-me e sair: ereto, com os olhos fixos num horizonte imaginável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário