domingo, 11 de maio de 2008

No dia das mães

A tarde estava bacana demais para ser desperdiçada em pensamentos abstratos. Eu desejava ardentemente não desejar nada. Andar pelas ruas ensolaradas. Nas calçadas: velhos observando crianças. Havia som em algumas casas. Era domingo. E algumas pessoas tendem a beber menos nesse dia; outras, nem tanto. Ainda mais quando suas mamães são chegadas na “manguaça”. Eu não estaria com minha mãe nesse dia. Eu não dava a mínima para essa data imposta pelo comércio. Eu não desejava ser manipulado por toda essa volumosa bosta publicitária despejadas em nossas mentes tentando nos convencer que se não compramos o melhor presente, sempre o mais caro, para nossas mães somos filhos ingratos. Era um jogo que eu não desejava fazer parte.
Então, eu caminhei em direção a um Cyber. Pena não haver computadores disponíveis. Fui à casa de Isaías para uma visita. Fazia tempo que não nos falávamos. Ele tinha meia garrafa de vinho.

- Tu tens alguma coisa que tenha álcool? – perguntei em meio a conversa.
- Tem meia garrafa de vinha que a mamãe usa como remédio respondeu ele.
- Manda.

O vinho estava ótimo. Bem gelado.

Então a tarde deu lugar a noite e decidimos nos conectar a Internet. Eu me lembrei que deveria postar alguma coisa nesse dia das mães. E aqui está. Estou meio lá meio cá. Isaías está no pc ao lado observando mulheres. Gostaria de esvaziar mais uma garrafa.
Mamãe estaria bem?

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